...das
pessoas que não são.
Vi
na rua cruzando a faixa, uma mulher.
Miúda,
ligeira, triste, lambida. Uma mulher que parecia uma solha. Algumas sacolas nas
mãos, braços longos, casaco fininho, malha embolotada de tempo tanto.
Parecia
dessas que vai com muito frio, mesmo que tava tão quente.
Não
era gente – acho, sei, certeza agora que passou -.
Era
uma solha com forte impressão de gente, comprando no mercado de Casa Amarela.