sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sobre as Coisas Pequenas que se Não Cutucadas Passariam Desapercebidas ou Pequeno Manuel Desinstrução.


...das prolixidades humanas, sínteses e haicailísmos.

Resistir ao prolixo é empresa de homéricos sacrifícios.
Toda literatura busca a poesia, toda poesia a simplicidade de um haicai.
As teses às sínteses.
A vida à redução brusca, exata e conclusa da morte.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Sobre as Coisas Pequenas que se Não Cutucadas Passariam Desapercebidas ou Pequeno Manuel Desinstrução.


...doutros meios de conhecer as gentes.

Primeiro olhe bem para os sobreolhos. Identifique as rugas no vaivém  franzindo durante a palestra.
Depois imagine a fronte desnuda das peles – é fácil, toda testa é magra -, tire com a imaginação o branco crânio que a natureza encobriu.
Todo mundo é caveira, mesma cor de osso e caixa abobadada.
Pronto.
Conheceras melhor os seres humanos. Sem tabus ou preconceitos.
Esse era o eficiente método usado pelos nativos norte-americanos para conhecer e aceitar os desiguais inimigos e invasores.
Só que se auxiliavam de uma faquinha.

Sobre as Coisas Pequenas que se Não Cutucadas Passariam Desapercebidas ou Pequeno Manuel Desinstrução.


...da outra vertente do nome flor.

Por que artificializar uma flor?
Que mania de toscomimetizar a natureza.
É mais prático, dura muito mais.
Mas, não é flor.
Flor dá trabalho, custa tempo e cuidados. Dura pouco.
Mas, é flor.
Flor morre, plástico não.
Por durar mais imita melhor a flor.
Lembra a que vive.
 Enfeita.
Enfeita por imitação, almeja ser parecendo.
Quanto mais parece, mais perfeita é: parece de verdade!
Parecer é melhor que ser.
É mais prático, dura mais.
Apenas não é.