das fábulas de reinos encantados
Dizem que certa feita, há muito de águas corridas e moinhos movidos, passou nessas terras um rei. Cavaleiro de plurais elegâncias e altos portes garbos: veludos púrpura; pelicas; bordados de ouro; pendões e alvo alazão a trote.
Não procurava princesas, tesouros ou motivos desses que servem para perderem-se errante as nobrezas.
Procurava, amiudando inquirindo nas soleiras de palacetes e choças, uma certeza. Certeza que - disse - o visitara quando tinha tenra idade. Em breve passagem, na inocência da criancice, alguma certeza sobre certa coisa que não lembrava mais qual era. Sabia só, foi breve e voou.
Falcão flecheiro de céu a infinito deixara-o exato no dia em que inventou de ser gente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário